A partir do ano que vem seis escolas da rede estadual de ensino em Dourados vão começar a implantar a modalidade de Educação Integral. Cerca de 200 professores começaram a receber formação técnica da Secretaria de Estado de Educação e a proposta é que até dezembro tudo esteja pronto para a abertura de matriculas.
No início do ano a Secretaria abriu convite para as escolas optarem pela adesão ao sistema e foram adeptos as escolas estaduais Presidente Vargas, Menodora Fialho de Figueiredo, Floriana Lopes, José Pereira Lins, Antonia da Silveira Capilé e Ministro João Paulo dos Reis Veloso, que juntas atendem 6.442 estudantes.
No Estado, apenas as escolas estaduais Manoel Bonifácio Nunes da Cunha e Waldemir Barros da Silva, de Campo Grande, têm ensino integral implantados, e a partir dos próximos anos mais escolas sul-mato-grossenses vão aderir ao modelo, uma política do Plano Nacional de Educação (PNE), que até 2024 tem meta de oferecer esse tipo de ensino em 25% das escolas em todo o país.
Na semana passada professores em Dourados começaram a receber formação da equipe da estadual de ensino. Foi realizado visita às escolas e palestra do professor Pedro Demo, um dos organizadores da implantação do ensino integral. Ele é pós-doutor em sociologia e trabalha com metodologia científica, no contexto da teoria crítica e pesquisa qualitativa e pesquisa principalmente a questão da aprendizagem nas escolas públicas.
O professor Nei Elias Coinete, diretor da coordenadoria regional de educação estadual em Dourados, diz que o sistema integral será implementado de forma gradativa. Isso quer dizer que no ano que vem as seis escolas vão oferecer os dois modelos de ensino. A expectativa que as instituições implantem o ensino integral de forma definitiva em 4 anos.
Para que isso se torne realidade todas as unidades vão passar por adaptações, de infraestrutura e pedagógica. As aulas para a turma integral terão início às 07h30 e vão até às 15h30. O horário de almoço será na própria escola. As primeiras adaptações estruturais, segundo Nei Elias, serão nos refeitórios, com ampliação, e melhoria na velocidade de internet, nas salas de tecnologias.
Os alunos matriculados nessa modalidade de ensino vão receber múltiplas aprendizagem por meio do acesso à cultura, à arte, ao esporte, à ciência e à tecnologia, por meio de atividades planejadas. Os estudantes do ensino médio, por exemplo, vão receber ensino técnico profissionalizante, simultaneamente. A ideia é concluam essa essas séries com uma profissão.
Um dos principais diferenciais da modalidade integral é o acesso dos estudantes à pesquisa, uma espécie de preparação à universidade. Os alunos, conforme explica Nei Elias, serão incentivados à produção de artigos científicos e os professores também terão que se dedicar mais aos estudos.
O livro didático continuará nas salas de aulas, porém outras ferramentas poderão ser utilizadas. Outro diferencial será o método de avaliação, a ser baseado de acordo com a produção de cada aluno, não mais por meio de provas. A grande expectativa do ensino integral é melhora cada vez mais a qualidade do ensino, principalmente em português e matemática.
Fonte: Dourados Agora
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